quinta-feira, 19 de novembro de 2009

É só o amor, é só o amor...

Nessas idas e vindas de um mundo cada vez mais neurastênico e hostil, e em meio a tantas notícias que jorram mais sangue do que filme do Tarantino, vez ou outra surge algo nos noticiários que nos faz parar um pouco e celebrar a beleza do ser humano.


Recebi por e-mail uma notícia que saiu no Jornal O Povo sobre umas declarações de amor que foram escritas no chão da rua Bento Albuquerque, no Papicu. Expressos em letras garrafais, os dizeres "Te amo", "Te quero", "Te desejo", não somente chamam atenção como despertam a curiosidade de quem passa: seria uma brincadeira, intervenção urbana, espécie amalucada de protesto, ato de exibição gratuita ou uma declaração de amor?

De todas as possibilidades, prefiro crer que foi uma pessoa que sofre com um revolver no estômago, respiração profunda, mãos frias, sudorese e ansiedade. Esse sujeito ainda deve ter dificuldades de concentração, olhar bobo e sorriso fácil, ou seja, um apaixonado convicto.

Imagino que seja alguém que vive um amor implacável, daqueles que, de tão grande, quer mostrar toda sua felicidade e gritar ou melhor, escrever, pra todo o mundo notar. Ainda que esmaeça com o passar do tempo e o correr do tráfego está revelada, na dureza do asfalto, a singeleza de um amor eterno enquanto dure.

Ah, sim, sou uma romântica à moda antiga e por isso arquiteto em minha mente essa história de amor de cinema. Elejo ver o lado belo de um ato anônimo e solitário, me restando um suspiro desejoso de um dia ser a musa de um amante metido a pintor.

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